Um dos poucos consensos é a expectativa de que o Banco Central confirme um novo corte de 0,5 ponto percentual na taxa básica em maio, reduzindo a Selic do atual patamar de 10,75% ao ano para 10,25% no próximo mês. No entanto, a partir desse ponto, os analistas estão divididos entre aqueles que preveem uma pausa nas reduções da taxa e aqueles que apostam em um ritmo de cortes mais gradual, com uma redução de 0,25 ponto percentual.
Paulo Gala, economista do Banco Master e professor da Fundação Getulio Vargas (FGV), prevê um cenário desafiador, com juros chegando a 9,5% no final do ano:
"Está claro que as coisas estão mais complicadas. Com os juros mais altos nos Estados Unidos, o trabalho do Banco Central brasileiro fica mais difícil, e isso pode resultar em uma desaceleração na redução da Selic para 0,25 ponto percentual na próxima reunião em junho".
Os economistas do Itaú, em um relatório divulgado antes das mudanças na meta fiscal, destacaram um cenário global mais desafiador, com uma desinflação mais lenta e a postergação e redução dos cortes de juros nas economias desenvolvidas, além das incertezas domésticas, que podem limitar de forma mais intensa as reduções da taxa de juros.
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